terça-feira, 15 de junho de 2010

Pecadores nas mãos de um Deus irado (1)

Jonathan Edward, pastor congregacional norte-americano, foi o mais destacado teólogo e erudito da Nova Inglaterra no período colonial no século XVIII. Edawrds, nasceu a 5 de outubro de 1703, em East Windor, Connecticut. Recebeu os graus de Bacaharelado em Artes e Mestrado em Artes na Universidade de Yale. Em 1727 foi ordenado e empossado como pastor assistente da igreja de seu avô, Solomon Stoddard faleceu em 1729, Edwards tornou-se o pastor efetivo da igreja. Em 1734 o reavivamento religioso, parte do Grande Despertament, chegou à sua igreja. Seu famoso sermão “Pecadores nas Mãos de um Deus Irado” (1741), foi proferido durante esse reavivamento.

A seu tempo, quando resvalar o seu pé.”

(Deut. 32:35)


Nesse versículo os ímpios e incrédulos israelitas, que eram o povo visível de Deus, e que viviam debaixo de Sua graça, são ameaçados com a vingança do Senhor. Apesar de todas as obras maravilhosas que Deus operara em favor desse povo, este permanecia sem juízo e destituído de entendimento, como está escrito no versículo 28. E mesmo sob todos os cuidados do Céu produziram fruto amargo e venenoso. conforme verificamos nos dois versículos anteriores. A declaração que escolhi para meu texto, “A seu tempo, quando resvalar o seu pé”, parece subentender as seguintes questões, relativas à punição e destruição que aqueles ímpios israelitas estavam sujeitos a sofrer:


1. Que eles estavam sempre expostos à destruição, assim como está sujeito a cair todo aquele que se coloca de pé, ou anda por lugares escorregadios. A maneira como serão destruídos vem aí representada pelo deslize de seus pés. A mesma citação encontramos no Salmo 73:18-19, “Tu certamente os pões em lugares escorregadios, e os fazes cair na destruição.”

2.Faz supor também que estavam sempre sujeitos a uma súbita e inesperada destruição, à semelhança daquele que anda por lugares escorregadios e a qualquer instante pode cair. O ímpio não consegue prever se, num momento, ficará de pé, ou se, em seguida, cairá. Quando cai, cai subitamente, sem aviso, como está escrito, também, no Salmo 73:18-19, “Tu certamente os pões em lugares escorregadios, e os fazes cair na destruição. Como ficam de súbito assolados! Totalmente aniquilados de terror!”


3.Outra coisa implícita no texto é que os ímpios estão sujeitos a cair por si mesmos, sem serem derrubados pelas mãos de ourem, pois aquele que se detém ou anda pôr terrenos escorregadios não precisa mais do que seu próprio peso para cair pôr terra.


4.E também a razão pela qual ainda não caíram, e não caem, é pôr não haver chegado ainda o tempo determinado pelo Senhor. Pois está escrito que quando este tempo determinado, ou escolhido, chegar, seu pé irá resvalar. E então serão entregues à queda, para a qual já estão predispostos pôr causa do próprio peso. Deus não os susterá mais em lugares escorregadios, mas vai deixá-los sucumbir. Então, nesse exato momento, cairão em destruição, à semelhança daqueles que transitam em terrenos escorregadios, à beira de precipícios, e não conseguem se manter de pé sozinhos, caindo imediatamente e se perdendo ao serem abandonados. Eu insistiria agora num exame maior das seguintes palavras: não há nada, a não ser a boa vontade de Deus, que impeça os ímpios de caírem no inferno a qualquer momento. Pôr mera boa vontade de Deus, me refiro à Sua vontade soberana, ao Seu livre arbítrio, o qual não é restringido pôr nenhuma obrigação, nem tolhido pôr qualquer tipo de dificuldade. Em última análise, sob qualquer aspecto, nada, exceto a vontade de Deus, tem poder para preservar os ímpios da destruição pôr um instante sequer.

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